quarta-feira, 28 de abril de 2010

Chomsky e a questão iraniana



Disponibilizo aqui uma entrevista concedida por Noam Chomsky (renomado lingüista que não foge de suas "obrigações" como intelectual) para a publicação alemã Freitag. Essa entrevista foi veiculada no Diário Liberdade, local em que fiz a leitura. Como o crédito no final da entrevista mostra, ela deve ter sido publicada na revista Carta Maior.


David Goessmann/Fabian Scheidler - Freitag

Barak Obama obteve em 2009 o Prêmio Nobel da Paz enquanto enviava mais tropas ao Afeganistão. O que ocorreu com a “mudança” prometida?
Chomsky: Sou dos poucos que não está desiludido com Obama porque não depositei expectativas nele. Eu escrevi sobre as posições de Obama e suas perspectivas de êxito antes do início de sua campanha eleitoral. Vi sua página na internet e para mim estava claro que se tratava de um democrata moderado ao estilo de Bill Clinton. Há, claro, muita retórica sobre a esperança e a mudança. Mas isso é como uma folha em branco, onde se pode escrever qualquer coisa. Aqueles que se desesperaram com os últimos golpes da era Bush buscaram esperanças. Mas não existe nenhuma base para expectativa alguma uma vez que se analise corretamente a substância do discurso de Obama.


Seu governo tratou o Irã como uma ameaça em função de seu programa de enriquecimento de urânio, enquanto países que possuem armas nucleares como Índia, Paquistão e Israel não sofrem a mesma pressão. Como avalia essa maneira de proceder?
Chomsky: O Irã é percebido como uma ameaça porque não obedeceu às ordens dos Estados Unidos. Militarmente essa ameaça é irrelevante. Esse país não se comportou agressivamente fora de suas fronteiras durante séculos. O único ato agressivo se deu nos anos 70 sob o governo do Xá, quando, com apoio dos EUA, invadiu duas ilhas árabes. Naturalmente ninguém quer que o Irã ou qualquer outro país disponha de armas nucleares. Sabe-se que esse Estado é governado hoje por um regime abominável. Mas apliquem-se os mesmos rótulos aplicados ao Irã a sócios dos EUA como Arábia Saudita ou Egito e só se poderá o Irã em matéria de direitos humanos. Israel invadiu o Líbano, com o beneplácito e a ajuda dos EUA, até cinco vezes em trinta anos. O Irã não fez nada parecido.

Apesar disso, o país é considerado como uma ameaça...
Chomsky: Porque o Irã seguiu um caminho independente e não se subordina a nenhuma ordem das autoridades internacionais. Comportou-se de modo similar ao que fez o Chile nos anos setenta. Quando este país passou a ser governador pelo socialista Salvador Allende foi desestabilizado pelos EUA para produzir “estabilidade”. Não se tratava de nenhuma contradição. Era preciso derrubar o governo de Allende – a força “desestabilizadora” – para manter a “estabilidade” e poder restaurar a autoridade dos EUA. O mesmo fenômeno ocorre agora na região do Golfo. Teerã se opõe à autoridade dos EUA.

Como avalia o objetivo da comunidade internacional ao impor graves sanções a Teerã?
Chomsky: A comunidade internacional: curiosa expressão. A maioria dos países do mundo pertence ao bloco não alinhado e apóiam energicamente o direito do Irã de enriquecer urânio para fins pacíficos. Tem repetido com freqüência e abertamente que não se consideram parte da denominada “comunidade internacional”. Obviamente pertencem a ela só aqueles países que seguem as ordens dos EUA. São os EUA e Israel que ameaçam o Irã. E essa ameaça deve ser tomada seriamente.

Por que razões?
Chomsky: Israel dispõe neste momento de centenas de armas atômicas e sistemas de lançamento. Destes últimos, os mais perigosos provem da Alemanha. Este país fornece submarinos nucleares Dolphin, que são praticamente invisíveis. Podem ser equipados com mísseis nucleares e Israel está preparado para deslocar esses submarinos para o Golfo. Graças à ditadura egípcia, os submarinos israelenses podem passar pelo Canal de Suez.

Não sei se isso foi noticiado na Alemanha, mas há aproximadamente duas semanas a Marinha dos EUA informou que construiu uma base para armas nucleares na ilha Diego Garcia, no oceano Índico. Ali seriam estacionados os submarinos equipados com mísseis nucleares, inclusive o chamado “destruidor de bunkers”. Trata-se de projéteis que podem atravessar muros de cimento de vários metros de espessura. Foram pensados exclusivamente para uma intervenção no Irã. O destacado historiador militar israelense Martin Levi van Creveld, um homem claramente conservador, escreveu em 2003, imediatamente após a invasão do Iraque, que “depois desta invasão os iranianos ficaram loucos por ainda não terem desenvolvido nenhuma arma atômica”. Em termos práticos: há alguma outra maneira de impedir uma invasão? Por que os EUA ainda não ocuparam a Coréia do Norte? Porque ali há um instrumento de dissuasão. Repito: ninguém quer que o Irã tenha armas nucleares, mas a probabilidade de que o Irã empregue armas nucleares é mínima. Isso pode ser comprovado nas análises dos serviços secretos estadunidenses. Se Teerã quisesse equipar-se com uma só ogiva nuclear, provavelmente o país seria arrasado. Uma fatalidade deste tipo não é do gosto dos clérigos islâmicos no governo: até agora eles não mostraram nenhum impulso suicida.

O que pode fazer a União Européia para dissipar a tensão desta situação tão explosiva?
Chomsky: Poderia reduzir o perigo de guerra. A União Européia poderia exercer pressão sobre Índia, Paquistão e Israel, os mais proeminentes não assinantes do Tratado de Não Proliferação Nuclear, para que finalmente o assinem. Em outubro de 2009, quando se protestou contra o programa atômico iraniano, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) aprovou uma resolução, que Israel desafiou, para que este país assinasse o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares e permitisse o acesso de inspetores internacionais aos seus sistemas nucleares. A Europa e os EUA trataram de bloquear essa resolução. Obama fez Israel saber imediatamente que não devia prestar nenhuma atenção a esta resolução.

É interessante o que acontece na Europa desde que a Guerra Fria acabou. Quem acreditou na propaganda das décadas anteriores devia esperar que a OTAN se dissolvesse em 1990. Afinal, a organização foi criada para proteger a Europa das “hordas russas”. Agora já não existem “hordas russas”, mas a organização se expande e viola todas as promessas que fez a Gorbachev, que foi suficientemente ingênuo para acreditar no que disseram o presidente Bush e o chanceler Kohl, a saber: que a OTAN não se deslocaria um centímetro na direção do leste europeu. Na avaliação dos analistas internacionais, Gorbachev acreditou em tudo o que eles disseram. Não foi muito sábio. Hoje a OTAN expandiu a grandes territórios do Leste e segue sua estratégia de controlar o sistema mundial de energia, os oleodutos, gasodutos e rotas de comércio. Hoje é uma mostra do poder de intervenção dos EUA no mundo. Por que a Europa aceita isso? Por que não se coloca de pé e olha de frente para os EUA?

Ainda que os EUA pretendam seguir sendo uma superpotência militar, a sua economia praticamente desmoronou em 2008. Faltaram bilhões de dólares para salvar Wall Street. Sem o dinheiro da China, os EUA talvez tivessem entrada em bancarrota.
Chomsky: Fala-se muito do dinheiro chinês e especula-se muito a partir deste fato sobre um deslocamento do poder no mundo. A China poderia superar os EUA? Considero essa pergunta uma expressão de extremismo ideológico. Os Estados não são os únicos atores no cenário mundial. Até certo ponto são importantes, mas não de modo absoluto. Os atores, que dominam seus respectivos Estados, são sobretudo econômicos: os bancos e as corporações. Se examinamos quem controla o mundo e determina a política, vamos nos abster de afirmar um deslocamento do poder mundial e da força de trabalho mundial. A China é o exemplo extremo. Ali se dão interações entre empresas transnacionais, instituições financeiras e o Estado na medida em que isso serve a seus interesses. Esse é o único deslocamento de poder, mas não proporciona nenhuma manchete.

Tradução para a Carta Maior: Katarina Peixoto

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Flecheira Libertária do nu-sol

Toda terça-feira o Nu-Sol publica sua Flecheira Libertária, comentários sobre os fatos da semana. Creio que já falei desses comentários por aqui. Eis o link para a edição dessa terça aqui!

Para acessar o arquivo contendo as flecheiras anteriores, clique aqui.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ghassan Ali, um comunista libertário na Frente Popular de Libertação da Palestina


O texto abaixo foi retirado do sítio Anarkismo.net, que é uma espécie de portal anarquista com informações, notícias, discussões e ensaios a respeito do anarquismo publicados em todo o mundo. O portal é de tendência plataformista. A entrevista com Ghassan Ali é significativa por mostrar a presença de um anarquista no conflito envolvendo Israel e a Palestina, assim como nos problemas internos palestinos.
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A presente entrevista foi realizada por Nicolás Pasadena para a edição de fevereiro do periódico francês Alternative Libertaire (que corresponde à organização de mesmo nome). Essa edição reuniu um dossiê a respeito da causa palestina e pode ser visto no seguinte link: http://www.anarkismo.net/article/16104 (Nota do tradutor). [English] [Français] [Castellano] [Italiano]

Ghassan Ali, um comunista libertário na Frente Popular de Libertação da Palestina

Ghassan Ali é um refugiado da terceira geração. Seus avos foram expulsos de seu povoado na atual Israel. Ele e seus pais nasceram em campos de refugiados na faixa de Gaza. Ainda menino lançou pedras na primeira Intifada (1987-1993). Recorda sua trajetória para Alternative Libertaire e explica seu ponta de vista como comunista libertário dentro da FPLP[1] e as perspectivas que vislumbra para a Resistência.

Qual é a situação em Gaza desde a guerra de janeiro de 2009?

Gaza ainda permanece em um impasse. A situação humanitária continua degradando-se. O bloqueio imposto por Israel e pela comunidade internacional nos enclausurou neste gueto, onde as pessoas têm de fazer frente à destruição, a fome e a catástrofe sanitária. Por volta de 40.000 casas e edifícios ficaram destruídos e seus habitantes, que agora vivem em acampamentos, passaram assim seu primeiro inverno.

A situação política é desesperadora. Israel continua com seu projeto colonial que visa impor suas condições ao governo estadunidense, com a União Européia a sustentando pelos bastidores. Os falcões israelenses estão ameaçando Gaza com uma nova guerra e o mundo ocidental responde colocando lenha na fogueira para a condenação de Israel proposta pela comissão de inquérito da ONU[2].

Além disso, há que se destacar a situação interna, que afeta aos palestinos mais que qualquer outra coisa. A luta fratricida é alimentada pelo Fatah e Hamas, que agem apenas pelos seus interesses particulares e suas alianças regionais e globais. O povo palestino é a única vítima destes conflitos. O panorama é desolador e marcado pelos riscos. A causa palestina nunca esteve tão ameaçada como está agora.

Como você se uniu à FPLP?

Quando era adolescente, apoiava o Fatah. Mas na época dos Acordos de Oslo estive reunido com Haydar Abdelshafi, uma importante figura da Resistência que havia presidido a delegação palestina nas conferências de paz de Madrid. Ele me proporcionou uma cópia dos Acordos de Oslo e me explicou os perigos para nossa causa. Minha consciência política começou a se desenvolver após este encontro e minha observação direta da corrupção, da injustiça social, dos encarceramentos políticos e a supressão de toda voz dissonante com a Autoridade Palestina. Durante esta época, chamada “os dias dourados do Acordo de Oslo”, aderi ao sindicato de estudantes da FPLP e logo me tornei um membro da organização.

Como caracterizaria a FPLP de 2009? Há alguma diferença entre os objetivos que proclamava e sua política real?

Nas eleições gerais de 2006, a FPLP obteve somente 3 assentos. Não obstante, está melhor situada hoje em dia devido a crescente desafeição com as políticas do Hamas e Fatah, que levam à divisão interna e à guerra civil, beneficiando dessa forma a ocupação. Mas a FPLP (e todas as forças de esquerda) estiveram vegetando durante anos e não são vistas como alternativas fortes e credíveis. Isso irá requerer importantes mudanças estratégicas.

Como comunista libertário e membro da FPLP, qual é seu ponto de vista acerca da organização?

A FPLP é fruto de uma ampla e diversa tradição. Quando foi formada (em 1967) se orientava principalmente pelo nacionalismo árabe, no entanto, em 1972 irá se identificar como marxista. Seus eixos fundamentais são dois: a luta pela libertação e pela justiça social. Atualmente está composta por maoístas e estalinistas, mas também há militantes libertários, como é o meu caso. Todos os militantes buscam fazer eco à sua voz. Como comunista libertário acredito que construir o poder popular através das lutas conjuntas é mais importante que tratar de unificar todas as forças da esquerda palestina: unir debilidades não redunda necessariamente em uma maior força e efetividade. Para jogar um papel importante em nosso futuro, a FPLP deveria olhar o seu passado: por exemplo, as experiências dos comitês populares durante a primeira Intifada, que criaram estruturas educativas, sociais, culturais e econômicas. Escolas populares substituíram aquelas fechadas pela ocupação e redes cooperativas substituíam os empregos que se perdiam em Israel. Foi uma luta muito efetiva, a experiência agrupou todo o povo: homens, mulheres e crianças em cada povoado e em cada campo de refugiados. Sim, era possível falar de uma ação comum da esquerda.

O que você poderia nos dizer sobre as atuais relações entre Hamas, a FPLP e Fatah?

A FPLP sempre sustentou o seguinte princípio: “Uma luta unificada contra a ocupação e um debate democrático em torno da luta social e dos assuntos internos”. A FPLP, Fatah e Hamas buscam mudar a situação interna e de por fim a luta entre as forças da Resistência. Infelizmente, os dois pólos da direita (Hamas e Fatah) ainda estão muito marcados pelo sectarismo: “Se não é um dos nossos, está contra nós”. Ambos querem um monopólio na legitimidade política e que os demais se submetam a sua política. Após as eleições de 2006, a FPLP sustentou um enfoque claro: estamos pela unidade da resistência, pela democracia e o entendimento entre os palestinos. O que, por outro lado, vem sendo nossa orientação desde sempre. Estamos contra os encarceramentos políticos e outras violações dos direitos civis e individuais. Porque, para a FPLP, nada justifica que os palestinos se matem entre si. Estes pontos de vista tem nos acarretado problemas com os serviços de segurança tanto da Cisjordânia como de Gaza, ou seja, com ambas Autoridades Palestinas.

Qual é a atual situação dos movimentos sociais na resistência contra Israel?

Durante a segunda Intifada, que começou em 2000, a resistência organizada e armada não começou depois de três meses após o massacre de manifestantes por parte das forças israelenses. A desproporção de forças entre manifestantes desarmados e aviões de combate gerou como resposta um levantamento popular armado.

Mas o problema que subsiste ainda é de caráter estratégico e de carência de reivindicações políticas. A Autoridade Nacional Palestina insiste na via da negociação com Israel (o que tem se demonstrado como algo totalmente ineficaz) e de obediência aos Estados Unidos. No que diz respeito ao Hamas, seguem recorrendo unicamente à demagogia, alimentados pela brutalidade israelense.

No entanto, há várias iniciativas de resistência popular contra a ocupação: boicotes, manifestações contra o muro, campanhas de colheita de azeitonas por parte dos camponeses... Se os palestinos e o movimento de solidariedade internacional puderem expandir estas ações, poderiam desenvolver um papel importante na resistência à ocupação.

Acredita que estamos prestes a uma terceira Intifada?

Dada a conjuntura interna e regional, é difícil prever isto. As negociações se encontram em um ponto de morte clínica e o governo israelense não tem nenhuma intenção de conceder nada para Mahmoud Abbas, que é o última a acreditar nas negociações. Tudo é possível. A ausência de unidade nacional e a total divergência política entre as duas forças palestinas majoritárias faz com que seja difícil prever uma estratégia unitária de resistência, uma “terceira Intifada” para um futuro próximo. Mas devemos recordar também que nada previa o início das duas primeiras Intifadas.

Para finalizarmos, devemos levantar a pergunta mais espinhosa: Um Estado, dois Estados...?

Deixe-me recordar-lhe que até 1974 os palestinos reivindicavam um único Estado secular e democrático como solução. Esta demanda foi abandonada depois das pressões da comunidade internacional. Desde então, a OLP tem reivindicado um Estado palestino limitado as fronteiras dos territórios ocupados desde 1967, que correspondem a 27%do antigo Mandato palestino[3]. Desde o início das negociações para implementar as resoluções por parte de Israel. Ao contrário, os territórios do futuro Estado palestino tem sido cortados; a questão do retorno dos refugiados tem sido rechaçada; o fim da colonização foi postergado indefinidamente. Finalmente, os palestinos com cidadania israelense (em torno de 20% do total) correm o risco de serem deportados para acabar com a ameaça à “pureza demográfica do Estado judeu”.

O mais importante, na minha opinião, para todos os que residem no Mandato palestino, é terminar com o projeto colonialista de Israel e, para todos, construir um território onde todos sejam tratados por igual, independentemente de sua religião ou grupo étnico.Um único Estado democrático permitirá tornar possível este sonho, mas acredito que a correlação de forças atual não seixa margem de manobra para essa possibilidade. De qualquer forma, seja qual for o ponto de vista de cada qual a respeito deste ponto, a tarefa imediata para todos deve ser dar um fim à ocupação colonial e lutar por uma vida digna para todos, que possa oferecer esperanças às próximas gerações.


Entrevista de Nicolás Pasadena (AL 77)
Tradução do francês para o castelhano de ALB Noticias e do castelhano para o português por: Daniel Augusto de Almeida Alves.


Notas:
1. Frente Popular de Libertação da Palestina
2. A França, por exemplo, não apoiou a resolução da ONU de 5 de novembro de 2009 que aprovava com uma ampla maioria as conclusões de uma comissão de investigação sobre “crimes de guerra e possíveis crimes contra a humanidade” em Gaza. Três semanas depois, o embaixador francês em Tel Aviv assegurava ao Estado de Israel a amizade da de Francia e atacava a comissão de investigação da ONU.
3. O Mandato Britânico da Palestina, territórios ocupados pelos britânicos entre 1920 y 1948.

Related Link: http://www.alternativelibertaire.org

domingo, 4 de abril de 2010

Filmografia sobre a Guerra Civil Espanhola

A Guerra Civil Espanhola é um dos temas que mais me atraem. Os fatos que se sucederam de 1936 a 1939 na Espanha têm sido revistos pela historiografia e atraído toda sorte de artistas.
Vi, nestes dias, dois filmes a respeito do conflito espanhol, ambos produzidos pela CNT (Confederación Nacional del Trabajo). Há um canal no You Tube em que estão disponíveis diversos filmes a cerca deste tema e do anarquismo na Espanha. Acesse.

En la brecha é um curta-metragem que mostra um dia na vida de um habitante da Barcelona livre de 1936, quando os anarquistas e a CNT-FAI gozam de enorme prestígio por terem derrotado a sublevação militarista que tomou parte da Espanha.


1ª parte


2ª parte


1936 - Un pueblo en armas, de Juan Palleja e Louis Frank, é um documentário que fala sobre a guerra e a atuação dos anarquistas.